FERROVIAS BRASILEIRAS – 29SETEMBRO2011
Hoje na semana que a RFFSA, se viva estivesse, completaria 54 anos de sua fundação, vemos aficionados por transporte ferroviário, expor seus sentimentos quanto a precariedade do SISTEMA NACIONAL FERROVIÁRIO.
Hoje estive, na ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL, COMO Presidente da Sociedade dos Engenheiros Ferroviários do RGS, lá Deputados, Prefeitos, grandes figuras do SISTEMA GOVERNAMENTAL, discutiam no Plenarinho lotado.
Lá estavam; FERROVIARIOS, ex-ferroviários, ferroviaristas, autoridades brasileiras brindadas pelo governo com o selo de CUIDADOR DO PATRIMONIO DO POVO, debateram o maquiavelismo usado nos contratos de empréstimo dos bens do povo a um grupo chamado ALL-AMÉRICA LATINA LOGISTICA.
Lá estavam Pedro Roberto Almeida da ALL, que brilhantemente apresentou plano de recuperação do sistema aos olhos dos assistentes.
Lá vimos representante do DNITT, Sr. Luiz Fernando, dizer que os bens ferroviários são obsoletos, sem utilidade e devem ser vendidos como leilão ou como sucatas.
Dizia ele que memória ferroviária e preservação não é arma do DNITT, ele próprio diz não saber de alguém do DENIT que tenha condições de absorver a memória ferroviária.
Me pareceu que ele entende que memória de um SISTEMA FERROVIÁRIO, seja colocar uma maria fumaça numa praça ou um sino na entrada de uma favela.
A ANNT, mandou um represente pego de surpresa, se dizendo nem saber da situação, pois, nem havia vestido uma roupa adequada para o evento, (palavras dele mesmo), mas afirmou que não tinha conhecimento que o ALL, não estava cumprindo as clausulas contratuais e não sabia que o DNITT, não tinha nada na memória sobre transporte ferroviário brasileiro. Acha que deve ser penalizada a ALL e o DNITT e que só haveria este encaminhamento após aplicação de regime de MULTA DIÁRIA.
Lembremos que o decreto 353/2007, redigido por abutres próximos ao Planalto, foi assinado sem leitura do Sr. Lulla, que hoje ostenta dois títulos de doutor, sem nem mesmo ter sentado em bancos escolares, decretou o fim da RFFSA, que tantos discursos sobre a manutenção o levou à Presidência com o voto dos FERROVIÁRIOS.
A ANTF- associação nacional do transportadores ferroviários, diz que foram investidos 24 bilhões no sistema, mas o Ministério Publico Federal, estima a dilapidação de 40 bilhões. Então na melhor das hipóteses sobraria 16 bilhões de prejuízo em 15 anos de privatização. Então vamos exclamar...
UM BILHÃO POR ANO.
A RFFSA, foi privatizada por apresentar um déficit de 300 milhões por ano, despesas decorrentes de linhas férreas sociais, trens de passageiros e ramais de baixa lucratividade. Tínhamos quase 30.000 km de ferrovia e agora 10.000 km . Foram-se 40.000 postos de trabalho.
Os fretes foram barateados? Foi agilizado o sistema de silagem? Evitou-se a duplicação das rodovias com a intensificação do transporte ferroviário? Descarga em portos? Exportação?
O Ministério Publico, vê com desleixo os crescimento do passivos de uma forma geral produzidos pelas concessionárias, que no final dirão que as ferrovias são das entidades brasileiras (BNDES, FUNDOS DE PENSÃO), através de empréstimos não pagos, ou dinheiro desaparecido para aprimoramento.
Estão agora 15 anos de uma malograda privatização e estão todos preocupados em refazer os termos dos contratos.
Nós dizíamos ao sermos aposentados na “MARRA” , COM CINQUENTA ANOS DE IDADE, que o Brasil a cada 20 anos compra e vende tudo o que é seu, (faça uma revisão dos períodos de privatização e estatização das ferrovias), pois de comissões ou outro embrulho qualquer, some quase tudo. E O POVO? ONDE ESTÁ O TIRIRICA SALVADOR?
Eng. Civil Elias Scalco, Presidente da Soc.Eng.Ferroviários do RGS, gestão 2011/2012