quinta-feira, 11 de abril de 2013


Joana Colussi,
Você como formadora de opinião publica poderia se especializar na arte de educar os futuros políticos,  a vislumbrarem o sentimento do povo brasileiro,  em querer se deslocar pelas estradas  com o mínimo de segurança e os outros segmentos da economia fiquem  livres e poder escoar.
Fui ferroviário durante 37 anos e o que vi, sempre foi uma paixão séria de ferroviários dando a vida por uma remuneração que não deixava ninguém  enriquecido, mas foi privatizada, e entregue aos grupos que só visam seu lucro.
Agora,  está feito o que está feito, e o povo deveria ser ressarcido no montante do patrimônio que junto com a privatização da concessão do transporte sobre trilhos,   foi doado, terras, hortos, edificações e áreas em longas faixas, que eram colocados os trilhos. E O PIOR NOSSA SÉDE QUE POR NÓS FOI CONSTRUIDA.
As concessionárias desativaram as linhas desinteressantes e só tornaram operacionais as que lhe renderiam maior lucratividade.
Então para nós gaúchos e BRASILEIROS DO SUL, vemos o TPS(tronco principal sul),  ter sido redesenhado como uma ligação de  São Paulo a Buenos Aires. Uma ferrovia que projetada para 18 trens diários está operando com três ou quatro dependendo de ele  estar vazio ou carregado.
Se o governo partiu para a privatização sem pensar  no resultado final, agora ele teria que subsidiar o transporte ferroviário, deixando-o bem barato, para as transportadoras que também visam o lucro,  optarem por ferrovia.
Outra forma é cobrar o pedágio de forma que subsidie os “TAPA BURACOS” nas rodovias.
Eu poderia dizer que ao invés do dinheiro da copa, que dura 15 dias de orgia, fosse aplicado em ferrovia que duraria 100 anos, mas isso eu falei durante 37 anos e fui dispensado, e ainda lembro que meu chefe entrou na minha sala e disse que se eu com tempo de aposentadoria não me aposentasse por vontade própria, o sistema dispensaria 3 engenheiros, que não teriam tempo de aposentadoria. Com esta chantagem eu preferi deixar de gritar a um povo que é completamente surdo e  cego. Mas tem voz para gritar.
Hoje como, Presidente da Sociedade do Engenheiros Ferroviários, luto para manter unida uma classe que foi depreciada e dita incompetente, mas jamais foi chamada para aconselhamento. O político atual não quer saber de conversar com alguém que sabe das coisas...
Elias Scalco,  Presidente da SEVFRGS, fundada em 1957

Nenhum comentário:

Postar um comentário