Joana Colussi,
Você como formadora de opinião publica poderia se
especializar na arte de educar os futuros políticos, a vislumbrarem o sentimento do povo brasileiro,
em querer se deslocar pelas
estradas com o mínimo de segurança e os
outros segmentos da economia fiquem livres e poder escoar.
Fui ferroviário durante 37 anos e o que vi, sempre foi uma
paixão séria de ferroviários dando a vida por uma remuneração que não deixava ninguém enriquecido, mas foi privatizada, e entregue
aos grupos que só visam seu lucro.
Agora, está feito o
que está feito, e o povo deveria ser ressarcido no montante do patrimônio que
junto com a privatização da concessão do transporte sobre trilhos, foi doado, terras, hortos, edificações e
áreas em longas faixas, que eram colocados os trilhos. E O PIOR NOSSA SÉDE QUE
POR NÓS FOI CONSTRUIDA.
As concessionárias desativaram as linhas desinteressantes e
só tornaram operacionais as que lhe renderiam maior lucratividade.
Então para nós gaúchos e BRASILEIROS DO SUL, vemos o TPS(tronco
principal sul), ter sido redesenhado
como uma ligação de São Paulo a Buenos
Aires. Uma ferrovia que projetada para 18 trens diários está operando com três ou
quatro dependendo de ele estar vazio ou
carregado.
Se o governo partiu para a
privatização sem pensar no resultado
final, agora ele teria que subsidiar o transporte ferroviário, deixando-o bem
barato, para as transportadoras que também visam o lucro, optarem por ferrovia.
Outra forma é cobrar o pedágio de forma que subsidie os “TAPA
BURACOS” nas rodovias.
Eu poderia dizer que ao invés do dinheiro da copa, que dura
15 dias de orgia, fosse aplicado em ferrovia que duraria 100 anos, mas isso eu
falei durante 37 anos e fui dispensado, e ainda lembro que meu chefe entrou na
minha sala e disse que se eu com tempo de aposentadoria não me aposentasse por
vontade própria, o sistema dispensaria 3 engenheiros, que não teriam tempo de
aposentadoria. Com esta chantagem eu preferi deixar de gritar a um povo que é
completamente surdo e cego. Mas tem voz
para gritar.
Hoje como, Presidente da Sociedade do Engenheiros
Ferroviários, luto para manter unida uma classe que foi depreciada e dita
incompetente, mas jamais foi chamada para aconselhamento. O político atual não
quer saber de conversar com alguém que sabe das coisas...
Elias Scalco,
Presidente da SEVFRGS, fundada em 1957
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