quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

COLEGA MAQUINISTA POSTOU ALGUMAS LICENÇAS QUE ERAM COLOCADAS EM UM ARCO DE VIME PARA QUE AO PASSAR PELA ESTAÇÃO O AGENTE ESTENDERIA PARA O BRAÇO DO MAQUINISTA. NO CASO QUE EU DESCREVO EU ESTAVA NA JANELA A DIREITA DO AL E PORTANTO APANHEI...


Certa vez retornando de uma estafante viajem, era sábado no cair da noite, chegamos na altura do prédio da estação de Silva Vargas e o ARCO estava armado e preso a um tijolo. Eu o apanhei com o braço direito, abri a licença onde dizia Vacaria sem comunicação. Fiquei pensando e ao chegar na chave falei ao Adão Clóvis Agostinho dos Santos, meu motrista; - Que achaste da licença? Ele me disse; - O Sr é quem sabe... e já ia saindo sobre a chave, e eu disse com voz firme; VOLTA, DÁ RÉ. Ele inverteu a marcha e iniciamos um ré de 500 metros. Ao chegar à estação, um forte ruido e uma luz firme apareceu atrás da coxilha, vindo o trem de Vacaria. Eu em minha juventude dos trinta anos entrei na estação que parecia abandonada e o Sr Nonermy dormia debruçado na mesa. Ao acordá-lo a nuca bateu na parede e sua dentadura caiu ao chão e quebrou em duas partes. Foi minha sorte, pois me deu pena da camisa que rasgou e o soltei ao chão para dar ordem de retirada do AL 12 da linha geral para dar passagem ao trem que em marcha de cruzeiro iria até o Feitor Faé. Ao conseguir o atendimento de Vacaria o Carlinhos chorava em desculpas, mas a licença do AL12 havia sido cassada às 16 horas.